terça-feira, 23 de abril de 2013

Novo olhar urbano


A A7MA, é uma galeria que possui diversos tipo de trabalho, um espaço de mediação entre o artista, a obra e o publico, um lugar onde as pessoas se sentem em casa. A galeria abriga uma exposição de arte contemporânea, uma printshop de gravuras em serigrafia, um café-espaco para leitura e atua como sede para eventos independentes. Uma galeria pequena e simples mas com muito conteúdo a mostrar.

O "Novo olhar urbano" é a nova exposição da galeria, uma exposição que trata-se de fotografias urbanas contemporânea. São fotógrafos, que retratam através de fotos a realidade do mundo em que vivemos que muitos não percebem, ou não querem ver. Reúne conjuntos que vão desde olhares despreocupados das ruas a documentários, uso de ângulos alternativos e a experimentação pós fotográfica. 





                                     





       



         



trabalho é realizado por doze fotógrafos: André Bueno, Carlos Taparelli, Daniel Bernardinelli, Diego Aliados, Dong Sung, Fabio Stachi, Henrique Luz, Lucas Prado, Luciano Spinelli, Luiza Prado, Tabyta Yasmin e Zito. A maioria desses fotógrafos também são grafiteiros

A exposição é na galeria A7MA que fica em cartaz até dia 11/6. O espaço funciona de segunda a sexta-feira das 11h às 20h e aos sábados das 11h às 22h. Não custa nada para entrar 




Livia Araujo 




segunda-feira, 22 de abril de 2013

Olhar a toda prova


Olhar a toda prova



Caroline Amado León

Olhar a toda prova é uma exposição que retrata de forma artística os esportes. A mostra reúne 48 imagens de atletas incentivados pelo Sesi-SP em diversas modalidades. Fotógrafos como Claudio Edinger, Jonne Roriz, Marlene Bergamo e Renan Cepeda fazem parte dessa integração.


Segundo o curador João Kulcsár, a ideia foi ir além do registro documental das competições e propor um novo olhar sobre os esportes olímpicos e paraolímpicos. “Os fotógrafos transcendem a estética do fotojornalismo esportivo e expressaram-se com a intenção de voltar seus olhares aos diversos desafios técnicos para discutir as implicações culturais, ideológicas, sociais e psicológicas que as imagens representam”.



Tomei conhecimento dessa exposição através de uma amiga que está envolvida em um projeto do Senac de ajudar deficientes visuais a tirar fotos. Ela me contou que descreve o cenário para o deficiente e ele escolhe então a posição da câmera fotográfica e seus efeitos. Projeto esse chamado de “Alfabetização Visual”.
As fotografias captadas por fotógrafos com deficiência visual as utilizam como meio de expressão criativa e de inclusão social, comunicando suas percepções sobre o mundo e despertando a consciência no publico vidente sobre a deficiência. 

                                        Marco Oton
                                        “Natação”
                                        60x45

Essa foto, por exemplo, foi tirada por um deficiente visual parcial, que criou essa distorção para mostrar ao público a sensação de como ele, deficiente parcial, enxerga a cena.


A mostra conta também com acessibilidade para deficientes visuais. Abaixo da fotografia eles colocam uma réplica menor com auto relevo para as pessoas sentirem com o tato a identificação do cenário. Todas as informações da obra encontram-se também em braile, ao lado, há um fone de ouvido com uma gravação que descreve minuciosamente cada detalhe da fotografia.


                                                     “Polo aquático” 60x45

O autor que mais me chamou atenção foi Jonne Roriz. A sensibilidade de cada detalhe das fotos é impressionante. Acima há uma foto de autoria dele sobre o polo aquático e abaixo sobre uma maratona de natação.


                                                “Maratona aquática”   60x45

As fotos com presença de água são muito interessantes e foram as que mais me chamaram atenção, não só pela dificuldade que me pareceu de tirar fotos embaixo d’agua como também o efeito deslumbrante dela. De acordo com a educadora do local, Janaina Elias, o mais desafiador nelas é o jogo de luzes que o fotógrafo tem que fazer para conseguir capturá-las de forma artística.


Esta foto também é de Jonne Roriz. Se chama “Natação” 45x60, o atleta é Thiago Pereira.

Ao todo a exposição é muito interessante. Além das fotos conta com vídeos sobre os atletas. O público pode usar a visão para ver as fotografias, como também pode fazer uso da acessibilidade dos deficientes, por exemplo, o auto relevo e o fone de ouvido, com a finalidade de aguçar e explorar seus outros sentidos.
Vale a pena visitar!

Entrada gratuita
Centro cultural Fiesp – Ruth Cardoso (Espaço Fiesp II)
Avenida Paulista 1.313
Período: de 16 de Abril a 30 de Junho, segundas das 11:00 as 20:00, terça a sábado das 10:00 as 20:00 e domingos das 10:00 as 19:00
Telefone: (11) 3146-7396
Links relacionados:  www.alfabetizacaovisual.com.br


sábado, 20 de abril de 2013

Não aceite imitações


João Bönecker




Esta exposição nos mostra trabalhos de artistas de diversos tipos, existem obras de pop art, grafitti, etc. O intuito da exposição é apresentar novos artistas, inclusive, alguns artistas na exposição são ex-grafiteiros em migração para as telas. O interessante é que a exposição era dividida entre duas partes: em uma ficavam as obras originais e em outra ficavam as obras que eram as mesmas que as originais, porem com pequenas (ou grandes) diferenças feitas pelos próprios autores.
                                       

A foto da esquerda mostra a area das "replicas" enquanto a da direita mostra as obras originais.






O mais interessante é que estas copias são feitas com um processo chamado "serigrafia", ou "silk screen" ao invés de uma impressão digital. Na serigrafia são feitos "fotolitos" (folhas que possuem os contornos de cada parte colorida da obra) nos quais coloca-se tinta que é passada para o papel atraves de uma tela de seda. Desse modo obtem-se uma "cópia original" como mostram as fotos. A foto de cima mostra a obra original, e a de baixo mostra uma cópia a venda (apenas cem disponiveis para cada obra). Cada cópia custa cerca de R$250,00 e o catalogo completo, passa dos R$2000,00.

Obra de Edu Cardoso, baseia-se na pop art.


Cópia feita pelo autor.

Isso pois "os artistas preferem que as pessoas tenham uma obra original do que uma cópia" como me foi dito pelas donas da exposição, Bárbara de Paula (esquerda) e Maira Macial (direita), ambas incrivelmente simpaticas e atenciosas.

As donas da galeria.

Um autor que me chamou muito a atenção foi Adriano Lemos que cria obras com uma forte mensagem: A de que todos nós somos manipulados, exeto crianças e palhaços. Isso é visivel em suas obras pois todas as suas figuras (exeto a de crianças e palhaços) possuem cordas de marionete para mostrar a dominancia a nós imposta. Alguns exemplos:
Uma figura que manipula e é manipulado.

Para o autor os palhaços não são manipulados.


Esse quadro mostra que o coração masculino é visto com caracteristicas angelicais. E o coração feminino possui caracteristicas diabólicas para dizer que o coração feminino é a causa das dores do coração dos homens. Nota-se que as crianças não possuem cordas que as manipulem.
Jardim no exterior com arte de rua.

Exposião: Prestatenção
Visitação: De 18 de abril até 4 de maio
Funcionamento: Segunda a sexta das 11h às 19h. Aos sábados das 11h às 16h
Fibra galeria: Rua Tupi 172 - Pacaembu - São Paulo - SP
Telefone: 11 2478 3688









segunda-feira, 8 de abril de 2013

Design da periferia


Maria Marchi

 Esta exposição apresenta artefatos feitos por pessoas comuns para atender a necessidade do dia a dia, usando recursos que estão ao seu alcance, como restos de materiais e lixo. O resultado revela preciosas lições de design. Os objetos cumprem perfeitamente as funções para as quais foram projetadas e exibem formas cujas soluções estéticas nada ficam a dever a projetos de designers formados em universidades.

                                                                                                Adélia Borges, Curadora.






Algo impressionante é o modo como às pessoas fazem da sua necessidade uma obra tão rica em design. Em um país em que a criatividade é trabalhada de forma tão ampla e eficiente. Isso deixa claro que são manifestações de forma evidente e de sabedoria criativa, sendo invenções com uma estratégia de sobrevivência característico da cultura brasileira.
Carrinho de venda de café,Salvador,BA. Autoria: Paulo Cézar de Jesus,Salvador,BA,2011. Estrutura em madeira pintada e detalhes em metal,sobre eixo com quatro pequenos pneus. Tem direção para facilitar o movimento e nichos para acomodação do sistema de som e bateria. 
Uma obra que me chamou bastante atenção foi o Carrinho de venda de café, fabricado por Paulo Cezar de Jesus, residente em Salvador, BA que além de ser um objeto e meio de transporte usado no trabalho é também algo característico da Bahia em especial Salvador, pois não se encontra facilmente  instrumentos que além de ser um atrativo é ao mesmo tempo utilizado de forma eficiente,sendo esse um meio eficaz de renda.
É algo já tão incorporado na cultura baiana que existem até concursos para saber qual é o melhor carrinho em termos de decoração e criatividade, fazendo com que os autores dessas pequenas peças de design urbano utilizem de todo seu conhecimento e criatividade na hora de criar suas peças.

Visitação: De 25 de janeiro a 29 de julho de 2013
De terça-feira a domingo, das 9h ás 18h,entrada até as 17h
Entrada gratuita - ambiente acessível
Endereço: Pavilhão das Culturas Brasileiras
Parque Ibirapuera
Rua Pedro Álvares Cabral, s/n
Telefone: (11) 5083-0199
www.culturasbrasileiras.sp.gov.br
culturasbrasileiras@prefeitura.sp.gov.br

OLAFUR ELIASSON Your orbit perspective



Tectonic egosphere, 2013 - Dimensões: ᶲ 33,5 cm
 Juliana Cardoso Matteucci

A Obra de Eliasson exposta na Galeria Luisa Strina trata da nossa percepção e sentimento com relação ao mundo, e que o mundo depende do nosso ponto de vista, da nossa intuição. Portanto quem visita a exposição não é um simples espectador, não é passivo mas sim ativo, pois é a partir da nossa interpretação que vamos dar um significado a cada obra.



Your viewing orbit 1, 2013 - Dimensões:
21 cm x ᶲ 90 cm

Adorei a exposição! Nas obras que o artista utilizou espelhos consegui explorar ângulos diferentes para as minhas fotos, como pode ver nas fotos ao lado e abaixo. Particularmente, gostei muito do fato de que nós participamos da obra, em apenas duas salas de exposição, consegui perceber e tirar fotos de diferentes figuras e representações que as obras me proporcionaram. De fato, quando sai da exposição me senti tonta, as diversas dimensões, órbitas criadas pelo artista nos causa esse sentimento um tanto quanto curioso.

Multiverse 9, 2013 - Dimensões: 42 altura x 22 profundidade


É interessante prestarmos atenção à nossa capacidade de refletir conscientemente sobre as obras complexas ou abstratas. Segundo o artista, algo que não é muito assimilável, nós interpretamos direcionados pela nossa intuição e dessa forma estamos abertos para sermos atingidos pelo mundo.



Your viewing orbit 2 e 3, 2013 - Dimensões:
21cm x ᶲ 90 cm
Serviço da Exposição

Entrada: Grátis
Quando: De segunda a sexta, as 10hrs às 19hrs 
e Sábado das 10hrs às 17hrs
Onde: Galeria Luisa Strina (Rua Padre João Manuel, 755 
-loja 02, Cerqueira César
01411-001 São Paulo/SP, Brasil)
Até quando: 04 de Maio de 2013
Links relacionados: www.fortesvilaca.com.br 
(Eliasson também está exposto na Galeria Fortes Vilaça)



domingo, 7 de abril de 2013

Segall Brasil

Maitê Santos de Carvalho

Em homenagem ao centenário da primeira exposição de Lasar Segall no brasil o museu preparou duas exposições: 
  • 50 obras do acervo: Seleção de cinquenta obras de seu acervo, escolhidas entre as mais representativas da produção de Lasar Segall (1892-1957)
  • 60 fotografias do acervo: Fotografias colecionadas por Segall, as quais retratam seu cotidiano em família, seu ambiente de trabalho, a convivência com outros artistas e amigos.

Na primeira foto é o ambiente onde as 60 fotografias se situam, e na segunda é o ambiente onde se situa as 50 obras de acervo.


A primeira foto representa a "Partida do movimentado porto do Brasil", o qual não possui data de origem, porém além de fotografia do acervo de Segall, serviu como referência para o artista produzir sua obra (segunda imagem), chamada "Marinheiro e chaminés" em 1929.
       
A primeira foto representa apenas uma de suas esculturas, a qual foi feita de bronze em 1935 e chamada "Maternidade". A segunda imagem representa uma das pinturas de seu acervo, chamada "Menino com lagartixas", óleo sobre tela em 1913.
 
A primeira foto representa o jardim da casa de Segall nos anos 90, e a segunda representa como o jardim esta agora. Até mesmo o jardim do museu é utilizado com arte, obra e história. A conservação da casa e de suas obras pode também ser utilizada como exposição de arte. 


Ir a exposição de Segall, não é ir apenas a um museu e conhecer suas obras, é muito mais que isso. O museu de Lasar Segall se situa aonde o próprio morou, e onde os seus filhos se tornaram herdeiros. Além de casa e museu do artista, há também um cinema, biblioteca, ateliês, oficinas e cursos para interessados em arte.

Quanto: Entrada franca
Quando: Diariamente das 11h00 às 19h00. Fechado às terças-feiras
Onde: Rua Berta, 111 - Vila Mariana
Até quando: 05/05

sábado, 6 de abril de 2013


Arte no metrô - Estação Trianon Masp - Priscila Pereira
Antes de ir a qualquer exposição chequei todas as postagens dos outros alunos, para não repeti-las e também para diversificar de alguma maneira pensei em ir à algo diferente que afeta-se de forma direta ou indireta à todos. Pesquisei e encontrei diversas exposições em diversas estações no metrô. A que eu mais me encaixei foi a da Estação Trianon- Masp.
 O objetivo dessa exposição seria uma tentativa de aproximar os usuários do metrô e as artes contemporâneas seja em forma de pinturas, esculturas ou instalações. Seguindo o velho ditado "se Maomé não vai a montanha, a montanha vem ate Maomé", ou seja, se as pessoas não vão à museus vê o conteúdo que lhe proporcionam conhecimento por falta de tempo ou dinheiro as obras de arte saem de suas salas e invadem um dos lugares que passam mais pessoas por dia justamente com a intenção de fazer parte do cotidiano desses usuários.
 Segundo um monitor (ele não quis revelar seu nome) "As pessoas deixam a arte passar despercebida em suas vidas, porém, ela tenta ficar na memoria dessas pessoas. Talvez seja por isso, que colocaram essa estatua no meio da plataforma com o intuito de chamar a atenção de todos" (O monitor refere-se a obra Pássaro Roca)




  A obra citada é uma escultura feita de cerâmica vitrificada de dimensões 2.8 x 0,4m ela existe desde 1990, ela encontra-se na plataforma central da estação Trianon-Masp linha verde, e esta a disposição de domingo a sexta 04h40 às 01:00 e nos sábados 04:40 às 01:00.
 Uma curiosidade dessa obra é que Inspirada numa passagem da história de "Simbad, o Marinheiro", a escultura hierótica representa os pássaros guardiões da ilha rochosa. De acordo com a história, alguns marujos chegaram à ilha e encontraram imensos ovos dispersos por toda região. Ansiosos, procuraram removê-los, mas foram atacados por pássaros colossais que, além de afugentá-los, ainda afundavam seus navios, jogando neles pesadas rochas, carregadas por suas enormes garras.
 Ao ler essa curiosidade fiquei pensando será que o autor quis dizer que nós seriamos esses marujos que passam por essa ilha rochosa chamada Trianon-Masp, que esta sendo guardada por esse guardião, é como se o "Pássaro Roca" estivesse observando à todos que passassem por lá, zelando pelos usuários e por sua estação.

sexta-feira, 5 de abril de 2013

Espelhos de papel - Vik Muniz

A mais recente série criada por Vik Muniz consiste de fotografias em formato grande que deliberadamente evocam um elemento surpresa. À primeira vista, parecem conhecidas: uma galeria de imagens famosas roubadas: A origem do mundo, de Coubert; Vaso de flores, de Monet, Sinfonia em branco, de Whistler. Porém, ao observá-las de perto, percebe-se que não são exatamente o que parecem. Cada imagem é uma colagem composta por centenas de outras imagens, tiradas de revistas que abordam os mais variados assuntos, astuciosamente dispostas em dégradé. Esse mosaico de imagens sobrepostas que dissolve o plano da obra em uma infinidade de pontos focais, foi escaneado e ampliado para que o público possa ver os pelos, as fibras e até a celulose do papel rasgado irregularmente.



After Breakfast, Elin Danielson Gambogi.




Vase of Flowers, Claude Monet.

Female Model Standing Before a Mirror, C.W. Eckersberg.


Iluminadas por uma única fonte de luz, como que para imitar a luz natural de uma pintura pendurada na parede, elas parecem ser tridimensionais. A fotografia funciona como uma espécie de cola, que revela uma densa colcha de retalhos composta por imagens midiáticas.


The Ecstatic Virgin, Anna Katharina Emmerich.


A exposição fica na Galeria Nara Roesler, Avenida Europa 655, Jardim Paulista.
Segunda a sexta das 10h às 19h e sábado das 11h às 15h. Até o dia 11/05/2013.
Entrada franca.


DEBORA LEAL