sábado, 30 de março de 2013

Etnias - Do Primeiro e Sempre Brasil



A exposição "Etnias - Do Primeiro e Sempre Brasil" de Maria Bonomi é formado por um conjunto de painéis feitas em argila, bronze e alumínio, com gravuras em alto relevo, que expressam os habitantes do país antes da chegada dos Europeus até os dias de hoje. Ela está presente na entrada do Memorial da América Latina, ao lado do Metro Barra Funda num túnel de 50 metros. São painéis e totens espalhados pelo túnel que recontam a história do índio brasileiro e nas escadas há nomes de diversos índios. Os painéis em Argila ilustram cavernas, pinturas rupestres, instrumentos, rituais, etc, ou seja, a parte rupestre; os de Bronze mostram a chegada dos colonizadores com caravelas, armas de fogo, etc, mostram a parte técnica; e finalmente as em Alumínio, simbolizando a presença de indígenas na atualidade, como na construção de Brasília, os tempos atuais.
A entrada é franca, a visitação todos os dias das 9h as 18h, no Memorial da América Latina, portão 1 ao lado do Metrô Barra Funda.





     

    












Júlia Moretti Chizzola







terça-feira, 26 de março de 2013

AI WEIWEI INTERLACING


FRANCESCA COSENZA


AI WEIWEI INTERLACING apresenta centenas de fotos, vídeos e textos do artista, reunindo parte da produção realizada entre 1983 e 2011. Além de dar uma dimensão da criação visual de Ai Weiwei, artista chinês considerado um dos mais influentes na arte contemporânea atual, a exposição mostra seu caráter multifacetado marcado pelo ativismo social e pela criação de redes que entrelaçam arte e vida. 


Ai Weiwei é um artista chinês contemporâneo, atuante em escultura, arquitetura, instalação, curadoria, fotografia, cinema e crítica sociais, política e cultural.Ele é um observador de tópicos atuais e problemas sociais: um ótimo comunicador e networker que leva vida para arte e arte para vida.
Ele nasceu em 1957, filho do poeta Ai Qing, mais tarde foi para Nova York estudar na Parsons Escola de Design. La ele entrou em contato com uma serie de artistas como Marcel Duchamp que foi uma de suas maiores influencias pois ele entendia arte como parte da vida.Nessa época , Ai Weiwei produziu seus primeiros Readymades e milhares de fotos documentando sua vida na comunidade chinesa em NY.Mais tarde ele começou a trabalhar também com arquitetura, um dos principais projetos no qual desempenhou papel importante foi o do estádio olímpico conhecido como Ninho do Pássaro. Em 2010 fez um grande tapete, feito de milhões de sementes de girassol de porcelana pintadas a mão, exibido na Tate Modern(Londres). Ai Weiwei confronta deliberadamente as condições sociais na China e no mundo, por esse seu lado critico e irreverente já sofreu diversos tipos de repressão, mas nem uma delas fez com que ele parasse.          
       Da série "Estudo de Perspectiva", na praça Tiananmen     


                                                             
“ Ainda existem tantas crianças que desejam viver contos de fada, rapazes e moças que desejam se apaixonar, jovens que sonham com suas vidas futura, pessoas bem-sucedidas que desejam dirigir BMWs, comprar apartamentos de luxo e arranjar uma segunda esposa, participar de reuniões importantes, discutir assuntos acadêmicos, desenvolver empreendimentos imobiliários, colocar sua empresa no mercado, expandir seu portfólio de investimentos, aprimorar, promover... tantos “desejos” mas nenhuma vontade de respirar. Nenhuma vontade de abrir os olhos. Parece que as pessoas são capazes de existir no sufoco e na escuridão.”  Esse é um do posts do blog do artista, que foi retirado do ar pelo Governo. É uma de suas citações que mais se identifica com o meu pensamento, assim como ele não entendo porque as pessoas aceitam de forma tão passiva as vontades, desejos que são criadas para elas e que no fundo não são delas. Acredito que deveríamos nos voltar para o auto conhecimento, para não confundir o que realmente desejamos e o que nos é induzido a desejar. 



Brincando de Guerra - Marco A. Gomes Junior


Este mês, na galeria Emma Thomas, a exposição Lastlândia apresenta as obras de Laerte Ramos. Todas esculturas são feitas em cerâmica no formato de brinquedos de guerra, como aviões, soldados, binóculos etc.



Laerte Ramos é um dos poucos artistas que consegue abordar assuntos tão distantes em um unico trabalho. Aborda o lado lúdico, criando brinquedos e situações como a árvore com o paraquedas e, ao mesmo tampo, tem o lado político em que ele questiona o porque de crianças terem acesso à brinquedos de guerra. Porque crescemos brincando de guerra? Essa é a grande discussão do trabalho de Ramos.



Observando as diferentes obras, percebemos que ele nao tem critério algum de escala em relação à tamanho ou tom de cor, justamente para demonstrar que é a mesma coisa que ocorre com os brinquedos.

Em todos seus trabalhos, Laerte faz três séries iguais, sendo que uma fica para sua filha, uma é para ser vendida inteira e outra para que as peças possam ser vendidas separadamente. As peças vão de 4 à 14 mil reais.
A galeria fica na Rua Estados Unidos, um espaço super interessante e agradável, com um amplo terraço na parte superior.





EMMA THOMAS
Rua Estados Unidos, 2205 - Jardim Paulista - São Paulo - SP - Tel.: (11) 3063 2149
De 15 de março à 13 de abril. Segunda a sexta, 11h às 19h; sábado, 11h às 17h.
Grátis.

domingo, 24 de março de 2013

"Estranhamente Familiar" - Isabella P Settanni


A exposição que eu fui chama-se Estranhamente Familiar, no Instituto Tomie Ohtake, onde reúne obras de quatro jovens artistas: Alice Miceli, Mariana Manhães, Rodrigo Matheus e Thiago Honório. O termo proposto por Freud em 1912, em seu ensaio "Das Unheimlich" é o que melhor define a exposição, indicando algo que está entre estranhamento e familiar, que consegue ser visto como próximo e ao mesmo tempo se mostra como algo totalmente desconhecido. A exposição traz uma reflexão sobre o termo freudiano, propondo que o estranhamento familiar nada mais é do que o aprofundamento de um dos sentidos da ambiguidade da palavra unheimlich.

Um dos estojos de camurça de Thiago Honório


Thiago Honório, apresenta dois trabalhos: o primeiro é feito de uma pele inteiriça de zebra com direito a rabo, orelha, que reveste um cubo de acrílico e dá forma a um corpo estranho, grotesco e patético. O segundo é um conjunto de estojos cujo interior é todo de camurça, lembrando compartimentos para carregar relógios ou bolsas , mas se revela vazio.




Mariana Manhães criou um organismo vivo com ventiladores e cortinas eletrônicas 



Mariana Manhães preparou um artefato com ventiladores e cortinas eletrônicas que lembra um organismo vivo e dá a falsa noção da presença de um grande animal dentro da sala.

Rodrigo Matheus, por sua vez, escolheu elementos aparentemente banais para a sua instalação: pedrinhas, lâmpadas e objetos de decoração que, junto, são capazes de criar paisagens fictícias e causar uma sensação de desnorteamento.
E, por fim, Alice Miceli, que partiu do conto de fadas O Flautista de Hamelin, reciado de uma história popular pelos irmãos Grimm, para criar uma videoinstalação. A história do flautista que encanta crianças e desaparece com elas foi recriada a partir de uma única imagem, que ganha contornos mais ou menos intensos de acordo com o andamento de uma música tocada.



Estranhamente Familiar - Instituto Tomie Ohtake
Rua Coropés - Pinheiros, São Paulo
Aberto de terça a domingo das 11 às 20 horas
Até 28 de abril de 2013
Entrada gratuita 




sábado, 23 de março de 2013

Galeria Choque Cultural

 Foi com a união de três cabeças que nasceu a Choque Cultural.Mariana Martins,Baixo Ribeira e Eduardo Sarretta.Juntos implantaram no Brasil um novo conceito em Galeria de Arte Jovem e apta a dialogar com a atual geração.
Tudo começou em 2003,com a Editora Choque Cultural.O espaço expositivo só veio um ano depois.Instalada desde então no bairro Pinheiros,na capital paulista,a Choque acompanhou,difundiu e incentivou a ascensão do novo cenário da arte contemporânea brasileira.
Mariana, filha do artista Aldemir Martins, estudou junto com Baixo na Faculdade de Arquitetura e Eduardo é historiador,juntos concluíram que uma vez que a  nova geração tem acesso a muita informação ao mesmo tempo,eles não se sentem bem no ambiente limpo e tradicional o que culminou a criação de um espaço que reunia arte contemporânea jovem,também rotulada pela imprensa como "arte urbana".

A Galeria Choque Cultural encontra-se na Rua Medeiros de Albuquerque,250 - Vila Madalena.
Funciona  de terças a sextas das 10h-18h e sábados do 12h-18h.A entrada é gratuita e site esta em construção.
Maria Gabriela Gusmão Mateucci


terça-feira, 19 de março de 2013

ARTE E MODA: UM ENCONTRO LIBERTÁRIO


     
   MOVE! – evento interativo originário do Museu de Arte Moderna de Nova Iorque, cujo projeto foi recriado para a montagem no Brasil. Trata-se de uma oportunidade de entrecruzar formas de expressão distintas, tornando acessíveis novas e amplas configurações de conhecimento, elementos basilares da educação permanente no Sesc.
A proposta da exposição é colocar a moda e a arte em contato, não no sentido de fundi-las. A arte empresta sua liberdade e a moda suas formas para elaboradas instalações de arte e performances do MOVE!



GRAFICOUTURE
  A colaboração entre o estilista Pedro Lourenço e artistas do coletivo Banzai Studio, integrado por Rimon Guimarães, Jorge Galvão, Ramon Martins, Ana Helena Tokutake, Celso Mazu e Filipe Guimarães promove a relação entre rua e passarela. O público assiste artistas do grafite pintando grandes telas de tecido. Uma vez completadas, essas telas se tornam a matéria prima com a qual os participantes de uma oficina confeccionarão peças desenhadas por Pedro Lourenço.



     THE BIG PICTURE
  A colaboração entre o artista Ricardo de Castro e o estilista Dudu Bertholini toma conta da praça do Sesc. O participante se torna parte da performance de transformação deste espaço. Dudu idealizou túnicas coloridas que o público é convidado a vestir e depois a colar, em superfícies de madeira, adesivos na mesma cor da túnica. Estes adesivos possuem formas diversas e foram concebidos por Ricardo de Castro. 

 SPLASH
   A colaboração entre o artista Olaf Breuning e a estilista Cynthia Rowley convida o visitante a participar de um duplo processo de criação: uma coleção de moda e uma obra de arte. O público veste peças de roupas em tecido liso criado por Cynthia Rowley e, sem seguida, toma um banho de tinta, momento que é registrado por um fotógrafo. O resultado é uma "linha" de roupas, agora estampadas, e uma mostra que retrata o processo criativo.


  POSE
     Colaborando com o estilista Oskar Metsavaht e a estilista Diane von Furstenberg, o artista Ryan McNamara propõe inverter o fluxo da moda. Ao invés de colocar estampas nas pessoas, ele coloca pessoas nas estampas. O público participante é fotografado em poses precisas, coordenadas por assistentes de moda, usando roupas previamente selecionadas pelos estilistas. Ao final de cada dia, o artista insere fotos em uma trama de estampas que cresce gradualmente no decorrer da mostra.

 Sesc Belenzinho
Rua Padre Adelino, 1000
De 9 a 19 de março de 2013
Terça a sexta, das 11h às 21h30
Sábado à domingo, das 11h às 20h

São Paulo, um olhar de imigrantes - Laura Leme


A exposição que eu visitei se chama "São Paulo, um olhar de imigrantes" e é uma série de obras organizada com base no acervo da Pinacoteca do Estado e que tem a cidade como tema de representação. A história do museu está intimamente ligada a história do desenvolvimento de São Paulo e nele podem ser encontradas diversas obras de diversas gerações de artistas que a representem. 
As obras, a maioria óleo sobre tela ou aquarela sobre papel, apresentam diversos cenários, famosos ou não, da cidade de SP. E são todas obras feitas por estrangeiros que residiram ou estiveram no Brasil por algum tempo. Particularmente, eu gostei muito da exposição, apesar de pequena: são 25 ou 30 obras. O que mais me agradou foi poder reconhecer alguns dos lugares retratados, assim como o quadro que se chama "Passeio na Cantareira" e eu moro na Serra da Cantareira. A exposição também aborda os diferentes olhares de cada imigrante, esta é a primeira exposição que abre uma série de mostras temporárias relacionadas a iconografia de São Paulo a partir do acervo do museu.
Finalizando, a entrada custa somente três reais para estudantes e essa exposição em particular se encontra no segundo andar da Pinacoteca, aberta de terça a domingo das 10h as 18h.

Pinacoteca do Estado de São Paulo
Praça da Luz
Luz- Centro
Jorge Mori
Esquina do Anhangabaú, 1952
Óleo sobre aglomerado

Adolfo Fonzari
Praça Ramos de Azevedo
Óleo sobre cartão
 Giuseppe Perissinotto
Passeio na Cantareira
Óleo sobre madeira
Shigeto Tanaka
Paisagem, 1958
Óleo sobre tela

Alfedo Norfini
Casa onde posou Dom Pedro I, 1915
Aquarela sobre papel

segunda-feira, 18 de março de 2013

"#DESCONSTRUINDOSP" - Luiza Ribeiro




Ainda não estava certa de que exposição visitar, nenhuma tinha chamado minha atenção. Como de costume, fui checar o meu Instagram e uma foto não passou despercebida. Era um tanto quanto diferente, não dava para entender muito bem o que era. A legenda da foto estava como “#desconstruindosp” e foi ai que decidi aonde iria.





Apresentada na Galeria Poeira, a exposição foi desenvolvida pelo arquiteto e designer 
Henrique Stabile, o qual teve a ideia de expor fotografias enviadas por internautas através do Tumblr e também por meio   da hashtag #desconstruindosp no Instagram. As fotos mostram a cidade de São Paulo por diferentes ângulos, que segundo o arquiteto “são ângulos inexistentes e imaginados”. As imagens são geradas através da câmera e aplicativos de aparelhos celulares

Posso dizer que todas as fotos da exposição chamaram minha atenção, já que são imagens de locais, os quais somos totalmente familiarizados, transformadas em algo diferente e inusitado. Três obras, em particular, se destacaram. “E a Beleza Matou SP”, “Desconstruindo a Sé” e “Jurassic Anhangabaú”, possuem os mais diversos efeitos, deixando as imagens com mais destaque. São editadas apenas com aplicativos de celulares, e por incrível que pareça, não há o uso do Photoshop, o que as deixa mais interessante.



E A BELEZA MATOU SP
80X50 cm
pigmento mineral sobre papel de algodão

DESCONSTRUINDO A SÉ
40x40 cm
pigmento mineral sobre papel de algodão

                           
JURASSIC ANHANGABAÚ
80x50 cm
pigmento mineral sobre papel de algodão

"Isso é uma obra sem autor, uma obra que só existe virtualmente, no plano da hashtag”, declara o arquiteto. A mostra reúne 30 fotos, e vale muito a pena conferir, já que a exposição mostra a nossa cidade sob um novo olhar e uma nova perspectiva.

#DesconstruindoSP
Galeria Poeira
Rua Dr. Melo Alves, 276 – Jardins – São Paulo – SP
Tel: (11) 2305-7616
De segunda a sábado, das 10h às 20h
Até 20 de abril
Entrada gratuita

domingo, 17 de março de 2013

CAN CITY - Rayanne Leivas

Após pesquisar sobre as exposições que eu poderia visitar, optei por conhecer o projeto Can City (cidade de lata), desenvolvido pelo Coletivo Amor De Madre em parceria com Studio Swine, de Londres, explora as possibilidades que o alumínio extraído de latinhas de cerveja oferece para a construção de mobiliário

Achei interessante pois se trata te um projeto ligado a reciclagem de materiais, primeiramente jogados no lixo, mas que podem servir para muitas cosias que usamos no nosso dia-a-dia.

  • Primeiramente o alumínio de latas, sucatas e outros objetos, são transformados em pequenas peças denominadas lingotes, através dessa máquina que foi criada de forma artesanal pelos criadores do projeto.
Máquina que transforma o alumínio em pequenos lingotes

Lingotes
  •  Após a transformação do alumínio em lingotes, o próximo passo é aquece-los a ponto do mesmo se derreter e, dessa forma, é possível colocar o alumínio derretido em moldes possibilitando a criação de diferentes tipos de móveis.

Móveis formados a partir dos lingotes derretidos

Outra coisa importante para se falar, é sobre o trabalho que eles fizeram com garrafas de cerveja "Heineken" que são aquecidas a alta temperatura e moldadas no formato de pequenas luminárias.


Garrafa transformada em luminária

Os responsáveis por essa exposição e que são também responsáveis pelo Studio Swine são os designers Alex Groves e Azusa Murakami.

Apesar de não ser uma exposição muito conhecida, achei muito interessante o trabalho realizado por eles, pois não se trata apenas da obra de arte que todos estão acostumados a ver, se trata de arte misturada com reciclagem.

Informações sobre a exposição CAN CITY:
Endereço: Rua Estados Unidos, 2174 - Jardim Paulista - São Paulo - SP
Telefone: (11) 3061-9384
Horários: Segunda a Sexta , das 10h às 19h; Sábado, das 10h às 18h
Ingresso: Grátis
13 DE MARÇO DE 2013 ATÉ 30 DE ABRIL DE 2013

RAYANNE LEIVAS